6r71v

Comandante do 7ºRPMon destaca redução da violência em Santo Ângelo 4j156y NoroesteOnline.comNoroesteOnline.com ">

Comandante do 7ºRPMon destaca redução da violência em Santo Ângelo 3h4qf

9 de junho de 2025

A segurança pública voltou ao centro do debate na Capital das Missões, desta vez com uma boa notícia: a violência urbana, em especial os homicídios, apresenta uma expressiva queda nos primeiros cinco meses de 2025. Em entrevista concedida ao programa Aldeia Global, o comandante do 7º RPMon, tenente-coronel Edilson Dela Flora Góes, explicou como ações integradas e preventivas estão ajudando a reverter o cenário de medo vivido em 2024.

No ano ado, Santo Ângelo enfrentou uma onda de homicídios a céu aberto e em plena luz do dia, em muitos casos diretamente ligados ao tráfico de drogas. “Chegamos a outubro com apenas quatro homicídios, mas após o episódio envolvendo quatro execuções em Santa Rosa, vivemos uma sequência de revides. Fechamos o ano com 16 homicídios. O salto foi brutal”, recorda o comandante.

Queda nos índices

A virada começou com o reforço da atuação do setor de inteligência da Brigada Militar, que ou a monitorar disputas entre facções e prever possíveis ataques. A atuação conjunta com a Força Tática e o policiamento ostensivo tem sido central para garantir a sensação de segurança. “Estamos realizando uma média de duas a três prisões por dia. Todos os dias tiramos armas e drogas de circulação”, afirma Góes.

Essas apreensões ocorrem em grande parte graças a dados colhidos pela inteligência, que antecipa movimentações de criminosos. “A repressão qualificada é nossa principal ferramenta. A ideia é se antecipar ao crime”, resume.

Armas e drogas

Sobre a origem das armas apreendidas, o comandante foi direto: “A maioria entra pela fronteira com a Argentina. É difícil conter esse fluxo, porque há muitos portos clandestinos”. Parte do armamento também chega da capital, enviado por grupos rivais com o objetivo de cometer execuções. Em 2024, por exemplo, um fuzil 5.56 foi apreendido antes de ser utilizado.

Sistema penal sobrecarregado

Outro ponto sensível é o destino dos presos. Com cerca de 300 prisões projetadas apenas no primeiro semestre de 2025, a capacidade do sistema penal é colocada à prova. “Muitos desses presos já têm mandados em aberto e são velhos conhecidos das guarnições. Porém, a reincidência é um problema: prendemos hoje e em poucos dias estão de volta às ruas”, lamenta Góes.

Segundo ele, a legislação penal e os regimes de progressão de pena precisam ser discutidos em nível mais amplo. Violência contra a mulher A Patrulha Maria da Penha também é destaque na atuação do 7º RPMon. Atualmente, cerca de 150 mulheres recebem acompanhamento em Santo Ângelo. Desde o início do ano, mais de 400 ocorrências foram registradas relacionadas à violência doméstica. “De cada três chamadas no 190 entre quinta e domingo, uma é relacionada à Maria da Penha”, informa Góes.

O comandante vê com bons olhos a proposta do novo delegado-geral da Polícia Civil, que pretende intensificar o monitoramento ativo de agressores. “Já fazemos esse trabalho com as vítimas, mas essa abordagem ao agressor também pode ser uma estratégia eficaz. É uma discussão nova, mas necessária”, reconhece.

Sensação de segurança

A presença da Brigada nas ruas continua sendo a principal forma de garantir a tranquilidade da população. “Viaturas e policiamento a pé estão sempre em pontos estratégicos, como praças, áreas comerciais e eventos. A presença visível do policial transmite segurança imediata”, aponta o comandante.

Câmeras corporais

Por fim, Góes comentou a expectativa de chegada das câmeras corporais à região. O equipamento, já utilizado em Porto Alegre e outras grandes cidades, deve ser implantado até o final do ano. “Elas trazem legitimidade à ação policial. A gravação em tempo real evita falsas acusações e resguarda tanto o policial quanto o cidadão”, afirma.

Com números mais animadores, mas sem baixar a guarda, o comandante Góes reforça o compromisso da Brigada Militar com a população. “Trabalhamos todos os dias para manter a ordem. Mesmo diante das limitações do sistema, nosso foco é sempre tirar de circulação quem representa ameaça à sociedade”, finaliza.

FONTE: Grupo Sepé

EAD Unijuí 2023 | Conectando Futuros 4v6a4n

2 de março de 2023
Copyrights 2018 ® - Todos os direitos reservados